Avaliação política dos Institutos Federais de Educação no desenvolvimento: entre o mercado e os excluídos

José Tavares da Silva Neto, Guiomar de Oliveira Passos

Resumo


Examinam-se os sentidos definidos na criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, inquirindo-se sobre sua direção e mecanismo organizacional estabelecido para alcançálos. Procede-se a uma avaliação política dessa transformação, com base em Figueiredo e Figueiredo (1986) e Arretche (1998) e valendo-se da legislação e planos governamentais instituidores, submetidos à análise de conteúdo de tipo “indutivoconstrutiva”. Constatou-se que os Institutos estão direcionados para o desenvolvimento, compreendido como estabilidade econômica, central na “convenção institucional restritiva”, assim como geração de oportunidades de renda, aspecto balizador da “convenção neodesenvolvimentista”. O meio para isso é, principalmente, a oferta de cursos de educação profissional e de nível superior definidos conforme as potencialidades locais e regionais das unidades descentralizadas das organizações autônomas. Desse modo, o que orienta a criação dos Institutos é o nexo entre qualificação da mão de obra e desenvolvimento, agora ancorado na ideia de produtividade e cultivo de atitudes, como empreendedorismo e cooperativismo.

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